Isto aqui que escrevo é pura masturbação mental, já que não tenho tido nenhum prazer íntegro, de qualquer forma, ultimamente. Estou meio que traída e tentada a trair. Fui traída já. O gosto não é bom, o gosto desse pecado amargo e é por isso que minha necessidade é puramente mental. Meu coração precisa mesmo é de lealdade. Acho que me perdi de mim, perdi algo que não me lembro por que é muito importante. Acho que perdi o gosto. Gosto de quê? Da vida oras. Já não há verdade que me nutra à alma.
Estou com vontade pura de mulher. Sim, de mulher. Daquele sexo doído que só uma mulher traídamente enganada pode dar a outra, com aquele carinho excessivamente perturbado e doce e gratuitamente divino que só uma mulher angustiada como eu estou pode dar a outra enquanto se amam. E eu preciso é disso e agora! Eu preciso dessa verdade dolorosa do beijo de uma mulher, para que me devolva mim mesma à minha alma. E para tanto anseio sorver-lhe a alma doce e decepcionada pelo teu seio rosado: toda pureza da mulher se sorve de lá. Enquanto se dedilha teu espírito e lhe encosta os lábios suavemente em seu bico para então sentir-lhes o gosto feroz, o gosto do arrepio de uma mulher que os homens são incapazes de apreciar.
Só uma mulher é do que preciso agora em meus braços. Quero tocá-la de leve, quero descobrir o que há de mais sutil em seu âmago amável, em sua leve penugem que roça em mim. Quero-a toda em mim. Senti-la inteira pelos meus leves dedos, desvendá-la e ter seu espírito pulsando junto ao meu. Quero passar me despercebida pelo seu sexo conturbado e acalmá-lo com meu toque, não quero escancará-la de forma nenhuma, quero apenas me descobrir em seu suspiro abafado de prazer.
É tudo que preciso! De uma mulher para amar em meu corpo, por uma noite que seja, é o suficiente para matar esta tentação angustiante de ser desvendada, de poder confiar em alguém novamente só de olhar em teus olhos esquivos e ciganos e ver qual é seu maior mistério. E isso só pode ser descoberto em uma noite por outra mulher no mesmo estado e com o mesmo desejo que eu. Pois há algo de muito pessoal que só uma mulher doa em um carinho pelos cabelos macios da outra, e a isto chamo tua verdadeira lágrima, sua maior decepção e maior alegria estão nesta sutil emoção, o tesouro dela se esconde nos olhos.
Eu cansei de pedir a um homem que me desvendasse, aliás, quanto mais achei que eles fossem capazes de algo verdadeiro, eles me jogaram seu desprezo, sua traição falida, seu amor mentiroso e vingativo em si mesmo. Hoje, só uma mulher pode me dar o que me acalenta a alma dolorida de anjo caído, larguei meus valores na esquina de um prostíbulo, é lá que todas as mulheres abandonam a si mesmas e se vendem a homens sujos e doentes, doentes do corpo porque a eles não coube ter alma singela como a de uma mulher. Deve ser por isso que tentam eles roubá-la das mulheres, mas a única coisa que conseguem é trazê-la dor, da mais suja, da mais podre, aquela que corrói o que há de bom em nós. Então as lágrimas lavam as mulheres de toda essa ingratidão porca e egoísta, e elas rezam por seus homens, em vão, para que mudem, para que parem de jogá-las na lama.
Ser traída é ser jogada na lama. Por isso hoje preciso de uma mulher, porque preciso me lavar.
Estou com vontade pura de mulher. Sim, de mulher. Daquele sexo doído que só uma mulher traídamente enganada pode dar a outra, com aquele carinho excessivamente perturbado e doce e gratuitamente divino que só uma mulher angustiada como eu estou pode dar a outra enquanto se amam. E eu preciso é disso e agora! Eu preciso dessa verdade dolorosa do beijo de uma mulher, para que me devolva mim mesma à minha alma. E para tanto anseio sorver-lhe a alma doce e decepcionada pelo teu seio rosado: toda pureza da mulher se sorve de lá. Enquanto se dedilha teu espírito e lhe encosta os lábios suavemente em seu bico para então sentir-lhes o gosto feroz, o gosto do arrepio de uma mulher que os homens são incapazes de apreciar.
Só uma mulher é do que preciso agora em meus braços. Quero tocá-la de leve, quero descobrir o que há de mais sutil em seu âmago amável, em sua leve penugem que roça em mim. Quero-a toda em mim. Senti-la inteira pelos meus leves dedos, desvendá-la e ter seu espírito pulsando junto ao meu. Quero passar me despercebida pelo seu sexo conturbado e acalmá-lo com meu toque, não quero escancará-la de forma nenhuma, quero apenas me descobrir em seu suspiro abafado de prazer.
É tudo que preciso! De uma mulher para amar em meu corpo, por uma noite que seja, é o suficiente para matar esta tentação angustiante de ser desvendada, de poder confiar em alguém novamente só de olhar em teus olhos esquivos e ciganos e ver qual é seu maior mistério. E isso só pode ser descoberto em uma noite por outra mulher no mesmo estado e com o mesmo desejo que eu. Pois há algo de muito pessoal que só uma mulher doa em um carinho pelos cabelos macios da outra, e a isto chamo tua verdadeira lágrima, sua maior decepção e maior alegria estão nesta sutil emoção, o tesouro dela se esconde nos olhos.
Eu cansei de pedir a um homem que me desvendasse, aliás, quanto mais achei que eles fossem capazes de algo verdadeiro, eles me jogaram seu desprezo, sua traição falida, seu amor mentiroso e vingativo em si mesmo. Hoje, só uma mulher pode me dar o que me acalenta a alma dolorida de anjo caído, larguei meus valores na esquina de um prostíbulo, é lá que todas as mulheres abandonam a si mesmas e se vendem a homens sujos e doentes, doentes do corpo porque a eles não coube ter alma singela como a de uma mulher. Deve ser por isso que tentam eles roubá-la das mulheres, mas a única coisa que conseguem é trazê-la dor, da mais suja, da mais podre, aquela que corrói o que há de bom em nós. Então as lágrimas lavam as mulheres de toda essa ingratidão porca e egoísta, e elas rezam por seus homens, em vão, para que mudem, para que parem de jogá-las na lama.
Ser traída é ser jogada na lama. Por isso hoje preciso de uma mulher, porque preciso me lavar.